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Friday, May 20, 2011

Babás no BR x Babás nos EUA


O jornal NY Times publicou hoje um artigo muito interessante sobre a evolução - se é que essa é a palavra correta - da situação das babás no Brasil (diga-se São Paulo).

De acordo com o jornalista Alexei Barrionuevo, as babás hoje em dia procuram, cada vez mais, trabalhar para famílias milionárias se tornando, desta forma, cada vez menos acessíveis para as famílias de classe média.

Um exemplo disso é a babá Andreia Soares que com o dinheiro economizado de seu salário de $3,100 já comprou um apartamento de 2 quartos com cozinha em acabamento de granito e varanda, um pedaço de tarra para o irmão e uma bolsa Louis Vuitton que ela orgulhosamente exibe dentro de seu armário. Além disso, ela pretende comprar até o final do ano um carro, a vista, no valor de $39,000.

Tal mudança, que tem ocorrido de uma forma assustadoramente rápida, não tem apenas criado tensão entre classes sociais, mas também apresentando um problema para toda uma classe trabalhadora de mulheres de classe média que precisam sair para trabalhar e não possuem um sistema de creche ("day care") a disposição como vemos em tantos outros países industrializados.

Acabaram-se os dias em que as babás vestidas de branco trabalhavam por um salário miserável folgando apenas 2 dias a cada 15 dias. Além disso, um número crescente se recusa a dormir ou procura outro mercado de trabalho que oferece uma melhor qualidade de vida.

Aquelas que podem, estão se qualificando cada vez mais. Cursos de enfermagem e até inglês. Essas babás chegam a ganhar uma média de $3,100/mês, um salário altíssimo principalmente se comparado a de um professor de ensino fundamental que ganha R$930 reais/mês.

De acordo com o economista Marcelo Neri, a receita de um trabalhador doméstico brasileiro, incluindo babás e empregadas, cresceu 34% de 2003 a 2009 - mais que duas vezes a média de todos os trabalhadores assalariados brasileiros e, ao mesmo tempo, as horas trabalhadas diminuíram em 5% passando a 36.2 horas semanais. A alta expectativa de salário dessas babás reflete o crescimento de 55% da classe média brasileira em 2010 comparado a 37% em 2003.

Enquanto algumas mães acreditam que essas mudanças são positivas para o desenvolvimento do Brasil, como a advogada Fernanda Parodi que diz "se o Brasil pretende crescer e deixar de ser um país de terceiro mundo, então tem que permitir que todos participem deste crescimento. Esse é o preço que se paga para o desenvolvimento". Outras se encontram sem opção, tendo que muitas vezes deixar a carreira de lado ou partir para a mão de obra Peruana ou Paraguaya que parece estar sendo uma forte tendência no mercado de babás de São Paulo.

Outro ponto curioso é que as babás bem empregadas que ganham em média $4,300, contratam babás menos qualificadas e mais baratas ($900) para cuidar dos próprios filhos criando-se assim uma pirâmide social dentro da classe de babás.

A "guerra" está formada. De um lado as babás exigindo valores exorbitantes para a grande maioria de uma classe média que a poucos anos atrás poderia se dar ao luxo de dispor desse tipo de serviço e, de outro, os pais tentando a qualquer custo conter a inflação dos salários das babás.

De acordo com Marília Toledo da agencia Masa, um dos pedidos principais hoje em dia para se obter uma babá em sua agência é que ela não tenha trabalhado no mercado de São Paulo, pois seriam mais "humildes".

De qualquer forma, os economistas são céticos a respeito da duração dessa revolução de classes. Conforme Rodrigo Constantino, economista da Graphus Capital, a falta de investimento na educação vai impedir que muitas dessas babás consigam um emprego melhor:" O Brazil está surfando uma onda e cada classe social está subindo um degrau. O problema é como esse fenômeno irá se sustentar".

A meu ver, apesar de haver de fato um crescimento econômico significativo e os pobres ou classe média baixa terem realmente subido um degrau na escada social, assim como os ricos terem ficado ainda mais ricos, existe ai uma classe média formada por professores, jornalistas, artistas e outros profissionais liberais que não tiverem a mesma representação de aumento salarial.

Isso significa que pessoas que a alguns anos atrás poderiam pagar uma babá para poder trabalhar, agora encontram-se em uma situação difícil. Algo similar com o que ocorre nos USA. Muitas mulheres colocam a carreira "on hold" para cuidar dos filhos por alguns anos, pois o valor da mão de obra e das creches pode ser mais alto que o próprio salário delas.

A diferença é que o mercado americano absorve esse tipo de trabalhadora. Fato que ainda não ocorre no Brasil.

Acredito que a escassez da mão-de-obra doméstica no Brasil não acabe de uma hora para outra, justamente pelo ponto levantado pelos economistas: não há incentivo na educação. Essas babás, muitas vezes, não tem opção de conseguirem outro tipo de emprego por falta de qualificação.

Sem dúvida haverá, como já existe, classes sociais dentro da classe das babás. Aquelas mais qualificadas que trabalham para os milionários e aquelas menos que trabalharam para essas babás e para a outra porção da classe média estudada.

O melhor seria se o governo e a iniciativa privada se dedicassem mais a educação, incluindo creches, para que as mães pudessem voltar ao trabalho, sem ter que depender de uma mão-de-obra outrora quase escrava.

Monday, November 8, 2010

Changing Education Paradigms

Sunday, November 7, 2010

Para refletir

Isso são para os pais que, sem perceber, estão criando robos e indivíduos viciados em tv e videogame sem a menor capacidade de criar e cultivar o mundo imaginário tão importantes na infância.

"Exposure to fast-paced, glitzy or shocking media images interferes with the child’s ability to experience the natural and the relational world in a free way. “Media” is a good term as it actually mediates or “serves as an intermediary” between the child and sense experiences. Young children learn through imitation and, therefore, take on the characters, actions and intentions be- hind what they see as if they were their own"


Wednesday, September 22, 2010

Qual a melhor metodologia escolar?

Eu sei que tenho falado muito desse assunto, mas é que tem feito parte do meu dia-a-dia 24hrs e preciso desabafar.

Hoje em dia são tantas as opções de ensino (ainda bem) que acaba que muitas vezes ficamos na dúvida de qual metodologia seguir.

Montessori x Construtivista x Antroposófica?

Racional e emocionalmente me atrai o ensino progressivo. Não acredito no método tradicional/cognitivo onde as crianças sentam, observam a professora, copiam no caderno e voltam para casa com kilos de lição de casa. Também me parece intuitivamente errado avaliar a todas as crianças da mesma forma e, com isso, incentivar a competitividade.

Acredito que cada criança tem seu próprio ritmo na cadeia do desenvolvimento e eu acho que isso deve ser respeitado. Acho indispensável encontrar uma escola que olhe para seu fílho como um indivíduo particular e não como um número. Que percebam que se ele gosta de música, deve ser incentivado nessa área, independentemente dos outros coleguinhas gostarem ou não. O mesmo serve para leitura, artes, esportes, etc. Cada um dentro dos seus próprios desafios e conquistas.

E não me venham com aquele "blá blá blá" de que o mundo lá fora não vai ter essa tolerância, que o mundo é cruel e competitivo. Eu sei disso e óbvio que quero que meus filhos saibam se virar no "mundo real". O lance é que a infância é um período muito importante e que vai moldar os alicerces para a vida adulta e esse período precisa sim ser respeitado e preservado.

Tendo dito, algumas considerações devem ser tratadas para que se entenda como funcionam as pré-escolas daqui:

1) começam a partir dos 3 anos. Se você precisar, por qualquer motivo, que seu filho vá para a escola antes disso, algumas oferecem um programa para crianças de 2 anos apenas 2 ou 3 vezes por semana;

2) algumas academias possuem o chamado "alternative preschool" onde você pode deixar o seu filho lá por 2-3 hrs fazendo atividades de artes ou esportes e depois ir buscar;

3) combinar os itens acima.

Aqui em casa nós optamos por combinar duas pré-escolas. Na verdade, a escola que escolhemos (Waldorf) só começa no ano que vem quando ela tiver 3 anos completos. Esse ano eles apenas possuem um programa chamado "parent and child" 1 vez por semana onde eu tenho que ficar junto. Resumo: não funciona como uma escola, mas funciona para eu conhecer mais a fundo a metodologia antroposófica que tanto me facina.

Portanto, tive que escolher outra pré-escola até que ela tivesse 3 anos completos e pudesse começar na Waldorf.


Assim, divido com vocês minhas primeiras impressões sobre as difereças entre o ensino tradicional  e antroposófico.

Escola tradicional:

1) Disposição da sala de aula:

Várias estações de brinquedos espalhadas pela sala de aula. Tipo um circuito na aula de ginástica. A mesa do giz de cera, a mesa da massinha, a area dos blocos de madeira, a mesa do quebra-cabeça, a area da leitura e a area para pintura. As crianças ficam soltas circulando pelas diferentes "bases", sempre supervisionadas por uma professora (nos seus 20 anos) e 2 ajudantes (mesma faixa etária). Total: 12 crianças.

2) Nível de barulho e iluminação:

Varia entre alguma conversa baixa, gritos e choros. Muitas janelas na sala, mas também muita luz fria (aquelas de hospital).

 3) Hora do lanche:

Na hora do "snack" todos lavam suas mãos na pia com sabonete comum (sempre com a ajuda de uma das professoras) e sentam-se nas cadeirinhas ao redor da mesa para comerem um biscoito de água e sal colocado em cima de um pedaço de papel toalha e tomar um copinho (plástico) com água da pia (aqui todo mundo toma água da pia, pois é considerada de ótima qualidade).  Por alguma razão - acho que as tais alergias a comida que os americanos são neoróticos - ninguém traz lanche de casa. A escola fornece o "snack".
Ao final, as crianças jogam seus papéis sujos e copos no lixo.

4) Hora da historinha

As crianças sentam-se ao redor da professora para o "story time" onde ela lê um livro mostrando as figuras enquanto algumas crianças prestam atenção (outras tentam fazer outra coisa que consideram mais interessante, enquanto os ajudantes da professora ficam correndo atrás deles para que se sentem e prestem atenção).

Escola Waldorf:


1) Disposição da sala de aula

Um grande tapete redondo no centro da sala possui vários brinquedos (todos de madeira). Desde cozinha, varal, vassouras, panelinhas, até uma mini-ponte com escadinhas, um caixote grande para a criança se esconder dentro, vários pedaçaos de panos coloridos e outros objetos de madeira para usar de gangorra ou inventar algo. Supervisionados por uma professora (uns 60 anos) e dois ajudantes (em seus 20-30 anos). Total: 12 crianças.

2) Nível de barulho e iluminação:

Muito mais silencioso e calmo. Não me pergunte como nem porque, pois ainda não sei responder. A professora chefe circula pela sala de aula bordando. Hora conversa com algum dos pais. Hora aparta alguma disputa entre as crianças. Tudo em um tom de voz calmo, porém firme. Um choro ou outro, mas um ambiente calmo de um modo geral. Ambiente mais escuro, pois a iluminação é totalmente natural (não sei como seria em um dia de escuro e de chuva).

3) Hora do lanche:

Os 2 professores assistentes lavam as mãos das crianças (uma a uma) na prória sala de aula com uma jara de água em cima de uma bacia linda de ferro. O sabonete é em pedra. Provavelmente natural. A mão das crianças não toca a água suja da bacia. Ficam suspensas enquanto os professores ensaboam e depois enxaguam. As crianças se encantam com o ritual de lavar as mãos.
Agora, todas sentam-se ao redor da mesa. Cada lugar tem um mini jogo americano de tecido, um guardanado de pano, uma canequinha e uma cumbuquinha de porcelana. Nada de plástico ou descartável. Os professores juntos entonam uma música de agradecimento pelo "snack" que vão comer. Não há qualquer menção religosa. São oferecidas maças orgânicas (que foram fatiadas pelos professores assistentes e pelos pais que se voluntariaram, enquanto as crianças brincavam) e um mingau de aveia (também orgânico). A colher é de metal. Os professores assistentes tiram a mesa.

4) Hora da historinha

As crianças sentam-se ao redor do círculo. A professora conta uma estória fazendo gestos e mímica com as mãos. As crianças ficam hipnotizadas. Não há livros nem figuras. Apenas imaginação.

E tudo está apenas começando...."what a ride!"

Nota: com a colaboração da leitora Andrea Mero, incluo aqui o link para artigo publicado pela revista Isto é que explica, em linhas gerais, os diferentes modelos pedagógicos e o que se aplica para cada família.

Guia para Pré-Escola

A NY Magazine publicou um guia com cometários bastante interessantes (por vezes irônicos), daquelas que são consideradas as melhores pré-escolas de Manhattan.

Vale dizer que entende-se por "preschool" a escola que vai dos 3 aos 5 anos de idade. Muitas das mais tradicionais escolas de Manhattan, incluindo as escolas públicas, começam a partir dos 5 anos.

De qualquer forma, "reza a lenda" por aqui que a pré-escola que seu filho cursar, vai determinar ou não sua vaga na escola que vai dos 5 aos 17 anos (seja ela pública ou privada).

Imagine só: Se já é difícil escolher a melhor escola quando se tem referências culturais e de experiência de vida, além de opiniões de amigos da vida toda, imagine como não é o processo quando se está em uma cidade altamente competitiva, com muita gente para poucas vagas e muuuuitas mas muuuitas opcões completamente diferentes umas das outras?

Portanto, sem entrar na neura (apesar de ser um processo bastante estressante), vale a pena pesquisar ao máximo, ler, consultar e conversar com várias pessoas para escutar as diversas opiniões, afinal de contas: One Size Doesn't Fit All.

Monday, July 26, 2010

Como Escolher a Melhor Escola

Quando chega a hora de colocar os filhos na escola, sempre vem aquela duvida: Qual a melhor escola?

Se quando estamos em nosso próprio país - cheio de referências - já é difícil, imagine em outro país cujo sistema de ensino é completamente diferente.

Para quem perguntar? Google? Livros que ranqueam as escolas baseados em critérios ininteligíveis? Perguntar para o chefe ou colega de trabalho?

Uma excelente alternativa é consultar uma psicopedagoga que conheça ambas as culturas e que, desta forma, ajude os pais a encontrar as melhores alternativas para seus filhos.

O nome dela é Sharon Thomas. A Sharon é uma psicopedagoga com mais de 10 anos de experiência assistindo famílias no processo de identificar o melhor curso a seguir para obter os melhores resultados na educação de seus filhos. Ela nasceu e iniciou seus estudos em São Paulo (Saint Paul’s School), possui diploma em psicologia pela Universidade de Georgetown, Washington, DC, mestrado em Psicologia do Desenvolvimento Infantil, pela Universidade de Londres, Inglaterra, e diploma da Universidade Hunter, New York, em Educação em Geral e em Educação de Crianças Especiais (com problemas de aprendizado).

Sharon já trabalhou para as melhores escolas particulares e públicas em Manhattan como especialista e consultora em Educação.


Portanto, quem tiver necessidade e/ou interesse entre em contato diretamente com ela.

Sharon Thomas, MSc, MSEd
Learning Specialist
Educational Consultant

na foto Sharon Thomas e sua filha Maia
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