Thursday, May 19, 2011

Blogagem Coletiva Internacional: Alimentação Infantil

Esse tema preocupa muitas mães, principalmente aquelas que se mudam (ou mesmo vem passear) com os filhos para os EUA.

Conhecido como o país do "fast food" onde concentra o maior número de crianças obesas do mundo, não é anormal se preocupar com a alimentação de seus filhos.

Aqui em casa, nós sempre aderimos ao "jeitinho brasileiro". A começar com a papinha: aqui, os pediatras americanos recomendam papinha de apenas 1 vegetal por mais ou menos 3 dias para ver se a criança não tem nenhuma alergia. Nada de carne ou frango. Só mais pra frente.

No meu caso, peguei a receita de papinha do meu pediatra brasileiro e, desde o primeiro dia quando minha filha tinha 6 meses, inseri a receita de papinha com carne (no começo apenas o caldo da carne verdadeira que cozinhou com os vegetais) e diversos legumes de diferentes grupos. Tinha um dia da semana em que fazíamos umas 3 receitas diferentes alternando os grupos dos vegetais de folha escura, claras, leguminosas, etc. e congelávamos tudo em forminhas de gelo. Daí, era só retirar 2-3 cubinhos colocar no microondas e "voila" comidinha caseira "quase" feita na hora.

A partir daí, quando passamos para a comida de verdade, o cardápio sempre foi arroz integral (feito na minha super máquina de arroz que já falei aqui), feijão, carne - frango ou peixe tanto grelhado como no forno ou refogado, e um legume no vapor.

Final de semana rola uma pequena "avacalhada" onde faço macarrão (sempre um penne italiano bacana. NUNCA miojo - mas confesso que já dei no desespero) que depois de pronto coloco um filete de azeite extra virgem e parmesão regiano ralado na hora por cima! Também apelo para os nuggets orgânicos feitos com farinha integral.

Outra coisa que nunca fizemos aqui em casa é a separação de comida de criança e comida de adulto. Se meu marido está cozinhando um risoto de frutos do mar com vinho branco, isso vai ser o que todo mundo vai comer. E até hoje nunca tivermos problema com não querer comer isso ou aquilo.

Ta certo que sempre fizemos questão de expor nossa filha a todos os tipos de sabores e temperos desde que começou a comer sólidos. Ela come desde sushi até comida indiana. Tem dia que come mais e tem dia que come menos, mas sempre experimenta coisas novas.

Quem tem filho mais velho, diz que o problema está a partir dos 5-6 anos quando eles almoçam na escola. A grande maioria das escolas públicas daqui oferece um cardápio super pouco nutritivo, cheio de pizza e fritura para as crianças escolherem o que querem comer.

Quando existe a possibilidade de levar comida de casa, a comida tem que ser algo que não precise ser esquentado - seria impossível esquentar sei lá quantas marmitas ao mesmo tempo - daí que vem a onda dos sanduíches de peanut butter and jelly ou de peru.

Mesmo as brasileiras, já me alertaram que eles acabam mesmo almoçando sanduíche - é só fazer uma versão mais saudável com pão integral, peito de peru orgânico, salada, etc - e comem "nossa comida" no jantar.

Algumas escolas privadas forneçem almoço saudável e orgânico (isso também existe em Manhattan. Aliás, o que não existe por aqui?), mas esta opção não cabe no bolso de qualquer um, então acaba que as pessoas tem que se adaptar da melhor maneira possível.

Se quiser saber como funciona a alimentação infantil em outros países, visite o site do Mães Internacionais e saiba mais!

12 comments:

Ana Paula - Journal de Béatrice said...

Acho que todas nos que não moramos no Brasil procuramos dosar o que os pediatras de la falam e o costume do local onde vivemos.
Aqui em casa tb fazemos assim, a Bê come o mesmo alimento que a gente, so mudei mesmo a quantidade de sal e alguns temperos. Tem sido uma boa expediência : )
Bjs

Carol Szabadkai said...

Paula, que legal que sua filha tem uma alimentação bem variada, os meus também e aqui tb não fazemos comida separada, eles comem de tudo, as vezes torcem o nariz, mas comem.
A alimentação fora de casa não da pra controlar, então não adianta se estressar, a gente faz o que pode para introduzí-los numa alimentação saudável e se a criança come de tudo já é muito bom. O fast food está em toda parte do mundo, não da pra fugir... rsrsrs A gente é que balancea em casa...
Beijinhos!

Paty said...

Parabens, Paula! Adorei o post! bjs

Celi said...

Que bom que apesar do fast food por aí você consegue garantir uma alimentação saudável em casa. Precisamos lutar contra e garantir que eles saibam o que faz bem a saúde.
Parabéns!
Um beijo.

Paula said...

Aqui na Costa Rica a introducao de alimentos tbm é feita ao estilo americano, uma verdura, uma de cada vez por 3 dias e nada de citricos ate 1 ano. Eu fiz assim mais ou menos. Nao deve ser facil mesmo na epoca da escola com tanta coisa pra comer e os amiguinhos comendo convece-los de comer algo melhor pode ser um desafio. Boa sorte! Beijos xará! rsrs

Pequenos Modernos said...

Ótima dica.. se já é dificil controlar a alimentação dos pequenos por aqui, imagina fora do país. Mas pelo jeito você está fazendo um ótimo trabalho, parabéns!
Beijos!

Bianca said...

Pa, eu aí fiz como os americanos (um legume por vez) e acho que isso foi uma das coisas q fez minha filha gostar tanto de coisas variadas (ela gosta de cada legume, não de uma mistura de legumes que não tem gosto de nenhum). A educação das famílias brasileiras (mesmo as mais informadas - dito ricas)para a questão de alimentação é na média absolutamente lamentável, mesmo nos colégios particulares, e aí (pelo menos em NY) tem muitas opções saudáveis para crianças e para adultos. Tenho uma amiga que fez uma análise da lancheira das mães de um colégio particular aqui em SP e resultado foi desastroso. Vejo o prato (feito pelas babás, mas às vezes pelas mães) das crianças muito pequenas no clube e é terrível, salsicha, arroz branco, batata frita. Vá numa padaria aqui em SP e veja que sufoco que é livrar a criança das besteiras q absolutamente dominam o ambiente. É um erro achar que só aí que a coisa tá feia. Vc fez bem em optar pelos hábitos saudáveis dos brasileiros e não os hábitos não saudáveis.

Paloma Varón said...

Medo destes "almoços" nas escolas públicas. Será que nenhuma se salva?
Beijos

Mônica said...

Paula, meu pediatra é do mesmo estilo que o seu. Mas aqui no Brasil conheço pediatras que indicam uma coisa de cada vez e sem carne no início. Então parece que vai de cada um.
A minha filha até os 3 anos (hoje tem 6) comia de tuuuuudo. Hoje não come quase nada. A sorte é que come sopa de noite junto com o bebê e nessa vai tudo (couve-flor, lentilha, etc).
Agora, com essa preocupação e querendo que as crianças melhorem os lanches eu parti para a idéia de fornecer para as mães lanches feitos em casa para levarem para a escola. São tortas, shortbreads, cookies, com produtos caseiros. Ou seja, os pães e outras massas não contém conservantes. Além disso, o recheio tentamos colocar coisas diferentes, para as crianças provarem, como ricota (que parece um requeijão), legumes, etc.
A partir do meu sofrimento em arrumar a lancheira tive essa idéia que está dando certo.
Tem como você divulgar no seu site?
Vejo que vc tem alguns banners comerciais. Como faço para divulgar?
Tenho também um atelier de festas infantis.
Sou de brasilia, acho que já deixei meu email com vc.
Abraços,
Mônica

Paula Duailibi Homor said...

Paloma,

Vc pode levar usa própria comida, mas como eu disse, não da para esquentar.

Nas cafeterias tem um salad bar, mas são poucas as crianças que optam por livre e espontânea vontade comer salada ao invés da tentação da pizza, batata frita e mc and cheese.

A solução é levar algo de casa e caprichar no jantar.

bjos

Carine said...

Que delicia Paula, sushi, comida indiana, espero muito chegar onde chegou. To batalhando para que eles comam de tudo ja que sao internacionais também. Argh pizza na cantina da escola, é um absurdo! Q saco esta onde mundial de refeitorios desequilibrados nutricionalmente. Tem uma otima piada de um fazendeiro de OGM, pesticida e compania conversando com um cidadao 'normal'. Diz o cidadao: fazendeiro vc nao tem medo de comer seus cereais com tantos quimicos? resposta: Imagina, serei rico o bastante para comprar organico!
beijos

D. said...

Paula, legal saber q tem alternativas de escola, o ruim é o bolso..
Acho q o importante é acostumar a criança a ter a melhor educaçao alimentar possivel em casa p na escola, ela nao ser viciada em comidias nao tao saudaveis.

Gostei da visao de vcs qut a nao separar a comida adulto/criança. Boa sugestao.

bjo

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