Wednesday, September 22, 2010

Qual a melhor metodologia escolar?

Eu sei que tenho falado muito desse assunto, mas é que tem feito parte do meu dia-a-dia 24hrs e preciso desabafar.

Hoje em dia são tantas as opções de ensino (ainda bem) que acaba que muitas vezes ficamos na dúvida de qual metodologia seguir.

Montessori x Construtivista x Antroposófica?

Racional e emocionalmente me atrai o ensino progressivo. Não acredito no método tradicional/cognitivo onde as crianças sentam, observam a professora, copiam no caderno e voltam para casa com kilos de lição de casa. Também me parece intuitivamente errado avaliar a todas as crianças da mesma forma e, com isso, incentivar a competitividade.

Acredito que cada criança tem seu próprio ritmo na cadeia do desenvolvimento e eu acho que isso deve ser respeitado. Acho indispensável encontrar uma escola que olhe para seu fílho como um indivíduo particular e não como um número. Que percebam que se ele gosta de música, deve ser incentivado nessa área, independentemente dos outros coleguinhas gostarem ou não. O mesmo serve para leitura, artes, esportes, etc. Cada um dentro dos seus próprios desafios e conquistas.

E não me venham com aquele "blá blá blá" de que o mundo lá fora não vai ter essa tolerância, que o mundo é cruel e competitivo. Eu sei disso e óbvio que quero que meus filhos saibam se virar no "mundo real". O lance é que a infância é um período muito importante e que vai moldar os alicerces para a vida adulta e esse período precisa sim ser respeitado e preservado.

Tendo dito, algumas considerações devem ser tratadas para que se entenda como funcionam as pré-escolas daqui:

1) começam a partir dos 3 anos. Se você precisar, por qualquer motivo, que seu filho vá para a escola antes disso, algumas oferecem um programa para crianças de 2 anos apenas 2 ou 3 vezes por semana;

2) algumas academias possuem o chamado "alternative preschool" onde você pode deixar o seu filho lá por 2-3 hrs fazendo atividades de artes ou esportes e depois ir buscar;

3) combinar os itens acima.

Aqui em casa nós optamos por combinar duas pré-escolas. Na verdade, a escola que escolhemos (Waldorf) só começa no ano que vem quando ela tiver 3 anos completos. Esse ano eles apenas possuem um programa chamado "parent and child" 1 vez por semana onde eu tenho que ficar junto. Resumo: não funciona como uma escola, mas funciona para eu conhecer mais a fundo a metodologia antroposófica que tanto me facina.

Portanto, tive que escolher outra pré-escola até que ela tivesse 3 anos completos e pudesse começar na Waldorf.


Assim, divido com vocês minhas primeiras impressões sobre as difereças entre o ensino tradicional  e antroposófico.

Escola tradicional:

1) Disposição da sala de aula:

Várias estações de brinquedos espalhadas pela sala de aula. Tipo um circuito na aula de ginástica. A mesa do giz de cera, a mesa da massinha, a area dos blocos de madeira, a mesa do quebra-cabeça, a area da leitura e a area para pintura. As crianças ficam soltas circulando pelas diferentes "bases", sempre supervisionadas por uma professora (nos seus 20 anos) e 2 ajudantes (mesma faixa etária). Total: 12 crianças.

2) Nível de barulho e iluminação:

Varia entre alguma conversa baixa, gritos e choros. Muitas janelas na sala, mas também muita luz fria (aquelas de hospital).

 3) Hora do lanche:

Na hora do "snack" todos lavam suas mãos na pia com sabonete comum (sempre com a ajuda de uma das professoras) e sentam-se nas cadeirinhas ao redor da mesa para comerem um biscoito de água e sal colocado em cima de um pedaço de papel toalha e tomar um copinho (plástico) com água da pia (aqui todo mundo toma água da pia, pois é considerada de ótima qualidade).  Por alguma razão - acho que as tais alergias a comida que os americanos são neoróticos - ninguém traz lanche de casa. A escola fornece o "snack".
Ao final, as crianças jogam seus papéis sujos e copos no lixo.

4) Hora da historinha

As crianças sentam-se ao redor da professora para o "story time" onde ela lê um livro mostrando as figuras enquanto algumas crianças prestam atenção (outras tentam fazer outra coisa que consideram mais interessante, enquanto os ajudantes da professora ficam correndo atrás deles para que se sentem e prestem atenção).

Escola Waldorf:


1) Disposição da sala de aula

Um grande tapete redondo no centro da sala possui vários brinquedos (todos de madeira). Desde cozinha, varal, vassouras, panelinhas, até uma mini-ponte com escadinhas, um caixote grande para a criança se esconder dentro, vários pedaçaos de panos coloridos e outros objetos de madeira para usar de gangorra ou inventar algo. Supervisionados por uma professora (uns 60 anos) e dois ajudantes (em seus 20-30 anos). Total: 12 crianças.

2) Nível de barulho e iluminação:

Muito mais silencioso e calmo. Não me pergunte como nem porque, pois ainda não sei responder. A professora chefe circula pela sala de aula bordando. Hora conversa com algum dos pais. Hora aparta alguma disputa entre as crianças. Tudo em um tom de voz calmo, porém firme. Um choro ou outro, mas um ambiente calmo de um modo geral. Ambiente mais escuro, pois a iluminação é totalmente natural (não sei como seria em um dia de escuro e de chuva).

3) Hora do lanche:

Os 2 professores assistentes lavam as mãos das crianças (uma a uma) na prória sala de aula com uma jara de água em cima de uma bacia linda de ferro. O sabonete é em pedra. Provavelmente natural. A mão das crianças não toca a água suja da bacia. Ficam suspensas enquanto os professores ensaboam e depois enxaguam. As crianças se encantam com o ritual de lavar as mãos.
Agora, todas sentam-se ao redor da mesa. Cada lugar tem um mini jogo americano de tecido, um guardanado de pano, uma canequinha e uma cumbuquinha de porcelana. Nada de plástico ou descartável. Os professores juntos entonam uma música de agradecimento pelo "snack" que vão comer. Não há qualquer menção religosa. São oferecidas maças orgânicas (que foram fatiadas pelos professores assistentes e pelos pais que se voluntariaram, enquanto as crianças brincavam) e um mingau de aveia (também orgânico). A colher é de metal. Os professores assistentes tiram a mesa.

4) Hora da historinha

As crianças sentam-se ao redor do círculo. A professora conta uma estória fazendo gestos e mímica com as mãos. As crianças ficam hipnotizadas. Não há livros nem figuras. Apenas imaginação.

E tudo está apenas começando...."what a ride!"

Nota: com a colaboração da leitora Andrea Mero, incluo aqui o link para artigo publicado pela revista Isto é que explica, em linhas gerais, os diferentes modelos pedagógicos e o que se aplica para cada família.

36 comments:

Paty said...

Paula, voce esta lendo minha mente? :-) Estou nisto tambem, apesar da Babi ser mais nova, pois sei que aqui e tudo muito complicado. Vou ver escolas Waldorf por aqui. Estava vendo isto pela manha. Vc viu uns livros na Amazon? Eu comprei, chegam na 6a. Qquer coisa te falo. bjs

Paty said...

Paula, voce esta lendo minha mente? :-) Estou nisto tambem, apesar da Babi ser mais nova, pois sei que aqui e tudo muito complicado. Vou ver escolas Waldorf por aqui. Estava vendo isto pela manha. Vc viu uns livros na Amazon? Eu comprei, chegam na 6a. Qquer coisa te falo. bjs

Debora Duval said...

Sei que vc falou pra nao vir com blablabla de que o mundo é cruel e competitivo, mas vou te falar que senti isso na pele quando fiz o LLM aqui. Muita gente q fez LLM em outros lugares do mundo falou que nada é tão cruel e competitivo quanto as faculdades de Direito top 5 nos EUA. Eu acho sensacional a praticidade dos americanos e o modo de pensar eficiente. Mas acho que tem muito exagero (tipo, colocar crianças de 3 anos no triatlon... oi??). Pelo que eu li outro dia, mais de 60% da melhores universidades do mundo estao aqui nos EUA, e eu queria que meu filho estudasse aqui, entao seria bom ele ir se acostumando à competitividade. Mas tb nao gostaria que ele fosse um heartless psycho que saísse atirando nas pessoas porque tirou um A- ou pq foi despedido do trabalho. Difícil o equilíbrio, especialmente num mundo de extremos como o de hoje.
BOA SORTE e que Deus nos ilumine nas escolhas (livros, amigos e psicologos podem ajudar tambem rs).

Mamãe do Matheus said...

Oi Paula!!! :)
Passa lá no meu blog que tem um selinho que eu fiz pra vc...
beijinhos...
Danny e Matheus
www.mamysdematheus.blogspot.com

Mariana said...

well, empiricamente escolhi escolas para meu filho que trabalham no segundo método.
mas me perdi um pouco nos conceitos...
Montessori x Construtivista x Antroposófica....????
explica ai????
beijos, mariana

no estrangeiro said...

A escola parece fantastica!!Imagino que a mensalidade seja igualmente fantastica mas nao dah para economizar quando se trata de educacao, neh?
Bj
Tata

Ana Paula said...

Oi Paula, parabéns pela matéria, apesar de morar no Brasil, estou na mesma fase que você. Tenho um filhinho de 2 anos e a questão por aqui é se o filho vai estudar num colégio tradicional ou num bilingue. Outro dia ouvi de uma mãe que o meu filho estuda atualmente numa escola construtivista...como vi os termos que vc utilizou Montessori x Construtivista x Antroposófica ...fiquei curiosa em saber qual a diferença entre eles, poeria me ajudar?
Obrigada,
Ana Paula Carneiro.
www.deanaaz.blogspot.com

Flavia Bernardo said...

Esse assunto dá panos pra manga!
Eu, partcularmente, ainda não me decidi totalmente pela linha educacional que Arthur (1ano e 2meses) irá ingressar.
A linha construtivista me fascina muito pra Educação infantil. Depois disso, tenho minhas duvidas se é realmente o melhor pra eles. Tenho dúvidas por realmente não conhecer a fundo como funciona no ensino médio e fundamental, talvez conhecendo eu mude de idéia.

A linha tradicional não acho q seja o melhor pras crianças, mas onde moro só temos escolas tradiconais. A não ser que nos mudemos de bairro, Arthur fatalmente irá estudar numa escola tradicional.
Não que seja ruim isso, porque as escolas são boas, mas não seria minha primeira opção para educação infantil dele, dos 2 aos 5/6 anos de idade.

bjks
Flavia

Paula Duailibi Homor said...

Meninas,

Se eu soubesse quais as diferenças, eu teria um PHD em educação infantil.
Estou aprendendo tudo isso enquanto falo. Para quem nao tem noção, sugiro ler na wikipedia e comprar alguns livros sobre o assunto.

Boa sorte!
bjos

Fernanda said...

Eu podia ficar aqui meia hora falando todos blas blas blas sobre metodologias e o que se encaixa melhor em que estilo de vida, ou "parenting", tendo trabalhado em escola 4 anos e como psicologa, mas no fundo o que aprendi no ano passado com o Andre foi o seguinte: o que importa é se o seu filho está feliz. Nada de quantas letras do alfabeto ele sabe ou escreve aos 4 anos; ou se consegue se concentrar pra story time por 20 minutos ou se o teste de QI estah acima da media ou se ele sabe bordar ou nao. Simples assim. Aprendi isso na marra, aos trancos e barrancos, mas aprendi.
Eu sempre quis que meus filhos estudassem em escola progressiva como voce, já que eu estudei a vida toda em escola super tradicional em SP. Procurei a opcao mais "alternativa" que tinha aqui em Scarsdale que era uma escola montessori. Guess what? Tive MILHARES de problemas com ele, com a escola, comigo mesma. Foi barra. Sabe aquela historia de "casa de ferreiro, espeto é de pau"? Exactly. No fim, foi otimo ter acontecido tudo o que aconteceu: eu descobri que talvez o melhor metodo que eu ache que seja bom para ele, teoricamente, nao eh bom na pratica (ou pode ser bom para ele e nao tao legal pro Tomas); eu vi que talvez o que funcione para ele eh algo bem mais estruturado do que eu gostaria; ou o importante seja a professora, nem tanto o metodo; mas enfim, passada toda a crise, e olhando para tras, o que ficou para mim dessa experiencia toda foi uma pergunta feita por uma amiga: "ele tá feliz? Ele gosta de ir pra escola?"
E eu disse: "sim! Ele ama a escola". O resto a gente dá um jeito. OU comeca a poupanca pra pegar terapia. ;)

Dani said...

Eu trabalho em uma escola que usa ferramentas do construtivismo na prática didática e vemos resultado! No entanto, temos muito trabalho para preparar as nossas crianças para o mundo real... pois aqui elas são elas: com nome, história e necessidades próprias...
Bjos

Tata said...

Adorei ler todos os comentários. Concordo com a Fernando quanto a felicidade da criança. Escolhemos tanto a escola, o método e no final quem escolhe são nossos filhos pois por melhor que seja a escola, se seu filho não se adaptar, não tem jeito, vai ter que mudar. Minha filha está na educação infantil (3 anos) e o ensino da escola é através da arte. Pode parecer loucura mas a escola tem 40 anos e forma alunos diferenciados e muito criativos. O principal é que ela está muito feliz e eu muito segura.
Beijos

Rafaela said...

To TÃO chocada com isso tudo que to começando a achar a Suécia ÓÓÓÓÓÓÓTEMAAAAA!!!!!!!!
hahahahahaha!!!!!!!

Paula Duailibi Homor said...

Fe,

Eh óbvio que no final das contas, quem vai decidir vão ser nossos filhos.
Entretanto, nesse primeiro momento que tem que escolher por eles somos nós e a partir daí é que começa nosso aprendizado junto com eles e nosso feeling em saber se o escolhido está sendo o melhor para ele.
O bom é que nada é definitivo e pode-se mudar sempre.
bjos

Fabi Saba said...

Eu concordo que temos que seguir aquilo que achamos que vai ser o melhor para nosos filhos. E entre trancos e barrancos vamos errando e acertando o caminho.
Eu, pessoalmente, sou a favor do ensino tradicional. Hoje existem varios tipos de escolas tradicionais, inclusive as que deixam a crianca seguir seu proprio ritimo e se encontrar durante as aulas. Na escola da Vi existe o outdoor free play pra comecarem a se soltar (mesmo no frio) e depois seguem pra salinha. Eles dao valor ao "following the pace of the child" mas tem tambem a parte estrutural que eu gosto e acho importante.
Todas queremos dar as melhores ferramentas para o futuro da crianca, e se a crianca decidir ser artista, cantor, pianista ou advogado, ele tem que estar preparado, e acredito que se minha filha resolver que o que ela gosta eh ser uma medica e que gostaria de ir pra uma grande faculdade, que a escola dela a tera preparado pra isso.
Mas apesar de acreditar nisso, nao acho que existe uma so verdade quando se fala de filhos e nem de pais, entao nos temos que sentir aquilo que eh melhor, no comeco atravez do instinto e informacao e depois de observacao da crianca. O que funciona pra minha familia pode nao funcionar pra outra, entao como a Paula disse temos que nos informar e irmos atraz daquilo que a gente acha que vai ser o certo.
ps: pode ser que daqui uns anos eu volte pra esse comentario com uma das minhas filhas em escola progressiva, se isso for o melhor pra ela eu iria com certeza sem vergonha de voltar atras no que falei (:

Paula Duailibi Homor said...

eh isso ai Fa!
concordo plenamente. Eu tb nao terei vergonha alguma em dizer que ela preferiu ir para uma escola tradicional.
Por agora, como eu é que tenho que decidir, ela vai aonde meu coração mandar.
bjos e estou adorando as participações!

Fernanda said...

Exatamente, Fabi e Paula. Foi isso que quis dizer: eu batia na tecla de que "filho meu, nunca vai estudar em escola tradicional, nao porque nao aprende mas COMO aprende" e no fim tive que engolir cada palavra... E nao é assim desde que nos tornamos maes? ;)
O negocio, como vcs comentaram, é ser flexivel e ser sensivel para necessidades deles.

Xoxo

Andréia Méro said...

Oi Paula,
Moro no Brasil e também estou nesse dilema de escolher a melhor escola para meu pequeno que hoje está com 1 aninho e quatro meses.
Li uma matéria na Revista Isto É que fala justamente de Como Escolher a Escola para o seu Filho e nela também explica as diversas teorias pedagógicas. Sei que aí é outra realidade, mas vale a pena dá uma lida, pois de repente pode ajudar.
Segue o link com a matéria: http://www.istoe.com.br/reportagens/98504_COMO+ESCOLHER+A+ESCOLA+PARA+O+SEU+FILHO+PARTE+1
Bjsss

www.cantinhodemae.blogspot.com

Ana said...

Eu simplismente ADOREI esse seu post..eu estava justamente falando sobre isso com minha mãe esses dias..seu post foi bem explicativo..eu ando mt insatisfeita com a escola do meu filho..e p o proprio bem dele,eu vou ter q troca-lo de novo..fico com mt dó ,por ele ter q passar por mudanças,adaptações..td d enovo..pela 3 vez!!! mas acho que a hr d emudar é essa...mais tarde so complicaria...
muito util seu post,muito obrigada Paula!! ;-)
bjsss!!

Paula Duailibi Homor said...

Andréia amei.
Obrigada. Vai ajudar a esclarecer duvidas de muitas mães.

bjos

Anonymous said...

excelente post, paula, li e reli.
também li pro marido e dei bronquinha, tipo "vc nuuuunca tinha pensado nisso tudo??? então pra vc tanto faz como tanto fez??"
coi-ta-do!

Anonymous said...

Paula,

You can always question schools, at least here in Manhattan!!
Ja passei por muitas experiências - visitei mil escolas, e ainda me questiono mesmo porque a gente vai conhecendo nossos filhos devagar e as dificuldades e facilidades vao aparecendo. Com a Olivia, estou indo devagar e bem mais "low key".

beijo
Rose

maebilingue said...

Gente,

Minha filha mais velha tem 8 anos, depois a do meio com 6 anos. As duas na mesma escola particular..! Sera que esta bom para as duas? Me questiono sempre, todos os dias....!! A minha menor tem 2 anos e 9 meses - estou bem "low key" com ela - comecou num espaco onde se faz arte, musica, e "free-play"... Tenho mil estorias aqui em Manhattan. O processo e doloroso... Mas as minhas filhas sempre estiveram felizes nas escolas!! bjo
Rose

Mariana Louzada said...

Eu trato meu filho (2,5 anos) com medicina antroposófica, mas, a única escola dessa linha existente por aqui é muito cara e achei que o ambiente de lá seria muito diferente do de casa.

Carla Cavellucci Landi said...

Meninas, eh isso ai: o importante eh sempre pesquisar, tentar o melhor, ficar de olho na crianca, em como ela reage a tudo, e nao ter vergonha de mudar, voltar atras, brigar se necessario for e fazer o que deixa a familia toda feliz e, principalmente coerente (pq nao adianta na escola a crianca aprender uma coisa e em casa todo mundo fazer absolutamente o contrario), independente do que as amigas ou a familia acham ou fazem. Eu fui muito atras de comentarios (bem intencionados), aceitei explicacoes que funcionavam para outros... e errei. Vcs nao imaginam como isso me doi.
Lembro tbm que parte do que a crianca vai aprender a lidar em relacao ao mundo, grande parte - a maior, na verdade - ela recebe da familia, pelos exemplos em casa, em como a mae e o pai reagem as frustracoes e experiencias da vida - seja a TV quebrada, o pneu furado, o chefe chato. Entao, nao da pra esperar que so a escola faca tudo.
Por enquanto, pelo que li... tia Paula, me leva junto pra escola Waldorf?? Deu vontade de estar la.

Anonymous said...

Paula,como vai? Tenho um bebe que esta com 15 meses e eu ja estou preocupada. Voce tem alguma lista com as melhores pre-escolas de Massachusetts?

Anonymous said...

Paula, isto esta me tirando o sono. Vivo ha quase 9 anos aqui nos Estados Unidos. Vale a pena colocar teu filho nas escolas publicas americanas? As escolas particulares sao melhores que as publicas? Como escolher a melhor escola para o teu filho, pelo sistema de ranqueamento? Sao perguntas que estou me fazendo todos os dias. Para o meu marido, que e americano, tudo e bom. Porem, eu nao consigo pensar dessa forma. Gostaria de encontrar uma especialista em educacao aqui em Massachusetts, pois eu estou muito preocupada.

Beijos!!!!

Adriana

Lia said...

"E não me venham com aquele "blá blá blá" de que o mundo lá fora não vai ter essa tolerância..." Concordo totalmente, Paula! Não é só porque os adultos comem feijoada que a gente vai dar linguiça pra lactente. Cada coisa no seu tempo.

Luciana Misura said...

Paula, espero que você tenha visitado escolas "tradicionais" melhores do que a sua descrição delas, porque definitivamente nem todas são assim. Eu visitei muitas escolas tradicionais ruins (que se encaixam na sua descrição de escola tradicional) e boas (onde a minha filha está por exemplo, que está há anos-luz do seu texto) e escolas progressistas ruins (algumas Montessoris super meia-boca) e boas (onde a minha filha ia estudar e rolou o maior problema, tive que tirá-la de lá um dia antes de começar). O meu marido estudou em Waldorf até a 7a série e não gostou por n motivos, se quiser posso explicar, então estava fora do nosso leque de opções pra Julia.

De um modo geral a questão é se o estilo de vida dos pais casa com o que a escola promove, como bem falou uma das pessoas nos comentários. E a personalidade da criança, já que algumas precisam de mais estrutura enquanto outras precisam de mais independência.

E sempre as filosofias são aplicadas de acordo com o que a diretora e professores pensam, então existe uma variação enorme no dia-a-dia em que certos pontos da metodologia que estão sendo enfatizados podem ser justamente os que você concorda menos ou mais...

Estou pra escrever sobre isso lá no blog também, porque fizemos essa escolha esse ano (a Julia começou na pré-escola agora em setembro) e estávamos divididos entre duas escolas de filosofias diferentes.

Anonymous said...

Oi Paula, esse comentario e para ajudar a leitora Adriana que mora em Massachusetts. E tambem, para todas as leitoras daquele estado.

As melhores Public Elementary Schools de Massachusetts, segundo dados do U.S. Department of Education and MA Dept. of Education:
1. Deerfield School em Westwood
2. Walter J. Paton em Shrewsbury
3. Muraco Elementary em Winchester
4. Bridge School em Lexington
5. Brackett em Arlington
6. Benjamin Franklin Classical Charter Public School em Franklin
7. Wellfleet Elementary em Wellfleet
8. Joseph Estabrook em Lexington
9. Spring Street em Shrewsbury
10. Winn Brook em Belmont

Voce podera ver a lista completa no www.schooldigger.com/go/MA/schoolrank.aspx e tambem, www.bostonmagazine.com/bestschools2010

Obrigada Paula!

Beijos!!!!

Luciana Misura said...

Paula, escrevi um comentario grande e deu erro na hora de enviar, resumindo: como a Fernanda ja falou, a minha filha ia pra uma escola Montessori e tive problemas logo de cara, hoje ela esta em uma tradicional (boa) e super bem. O meu marido estudou na Waldorf ate a 6a serie e nao gostou, nao queria mandar a Julia pra uma de jeito algum, por n motivos (se quiser eu explico).

Mais importante que a filosofia da escola e se a escola e competente ou nao. Porque tem um monte de escolas por ai que sao tradicionais boas ou ruins, montessoris boas ou ruins, e por ai vai. Como os diretores e professores sao humanos, aplicam as metodologias da forma que acham certa, e nem sempre essa forma e o que voce acha certo pro seu filho ou a parte que voce acha mais importante.

Anonymous said...

Sim, por favor explica Luciana. Tem uma Escola Waldorf aqui perto da minha casa gostaria de saber mais, ja que seu marido frequentou uma escola Waldorf acho que a experiencia dele e importante para nos maes preocupadas com a educacao dos nossos filhos em um pais estrangeiro.

Beijos!!!!

Cintia

Mariana said...

bah, voltei para ler os comentários, bem legais, ...vou ler depois com calma a reportagem da Isto é, e pesquisar mais, qq coisa te mando os links, beijos,
Mariana

Mauricio said...

Oi!Meninas, tudo bem? Ontem eu vi algo na TV aqui nos Estados Unidos que me deixou chocado. A NBC NIGHTY NEWS WITH BRIAN WILLIAMS esta fazendo esta semana um especial sobre o atual sistema educacional nos Estados Unidos. Um dos entrevistados foi o Presidente Obama, que afirmou que as escolas publicas em D.C. nao oferecem a mesma qualidade educacional da escolas particulares. Devido ao percentual alto de evasao escolar e as notas dos alunos serem tao baixas.Segundo, Geoffrey Canada, CEO of the Harlem Children's Zone,que tambem foi entrevistado,
o sistema educacional americano e de "Terceiro Mundo". Que os Estados Unidos nao estao mais entre os Top 20 Best Educational System in the World. Ele ainda afirmou que o pais permanece como superpotencia do mundo, mas a educacao no "Terceiro Mundo". Tem um documentario sobre o atual sistema educacional americano chamado "Waiting for Superman" que vale a pena ser visto. Muito bom. Descreve pereitamente as chances minimas de um estudante de escola publica americana de se sobressair na escala social.Quem quiser ver o video da entrevista do Presidente Obama e do Geoffrey Canada, e so ir no site da NBC NIGHTY NEWS with BRIAN WILLIAMS e procurar, Geoffrey Canada on education: " we're not doing enough"

Abracos Paula e parabens pelo Blog, muito bom!!!!!!

Mauricio

Dani said...

Oi Paula, cheguei no teu blog com o interesse de crianças e morar em outro pais. Estou in inlgaterra com meu marido e filho de 3 anos fazem 2 semanas, e adorei esse post! Fui aluna Waldorff no Brasil a muitos anos atras, e só ganhei com isso! Parabéns pela escolha.

Quase uma alema said...

OI Paula, parabéns pelo seu blog. Ultra informativo e sem ser cansativo.

Ele apareceu pra mim como água no deserto. Moro em Berlim há 4 anos e estamos nos mudando de mala, cuia e filho para Nova Iorque. Meu marido foi transferido e vamos morar, na verdade em Long Island, e como eu AMO a Alemanha e todo este método natureba que eles desenvolveram estava já tendo ataques ao ver escolinhas por aí que oferecem pizza, nachos e hot dogs como refeição. Enfim, adorei conhecer teu blog e vou adicionar vc aos meus favoritos. Espero poder te incomodar em um futuro próximo com várias dúvidas de novata na Big Apple.

Parabéns e muito obrigada.

http://quaseumaalema.blogspot.com/

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